Não há dúvidas que o ano de 2020 entrará para a história, obviamente, não apenas por conta das questões sanitárias e da crise econômica mundial, mas também por transformações comportamentais e culturais na sociedade como um todo, incluindo o mundo dos negócios, empresas, famílias e pessoas.

As fronteiras dos locais de trabalho foram abaixo; muitas atividades podem ser desenvolvidas de forma remota, independente de onde se viva. Os espaços de lazer foram alterados. As viagens de negócios foram suspensas em sua grande parte. As aulas tornaram-se 100% virtuais. As consultas médicas foram realizadas por aplicativos de chamadas de vídeo. As práticas esportivas passaram a ter outros cenários; as refeições puderam ser mais saudáveis e preparadas em casa, por exemplo.

Essas alterações e muitas outras impactaram as empresas e seus negócios. O aumento das entregas expandiu os serviços de logística, incluindo o e-commerce. Mas, diversos segmentos foram impactados negativamente, provocando endividamento, desemprego e, até, o encerramento das atividades.A revista The Economist publicou um especial chamado – O mundo em 2021 (em inglês The World in 2021) com a opinião de especialistas reconhecidos sobre diversos assuntos.

Entre as reflexões e tendências, podemos nos atentar para alguns pontos abordados:

* As casas estarão mais adaptadas ao trabalho remoto e novos espaços para reuniões serão criados, não apenas presenciais, mas também virtuais.
* Inovações disruptivas alterarão a maneira que conhecemos os escritórios hoje.
* O turismo de negócios, incluindo hotéis, correm o risco de desaparecer, sendo substituídos por novos formatos digitais, altamente tecnológicos, apoiados em inteligência artificial.
* A localização física dos trabalhadores estará em segundo plano às empresas.
* Plataformas ajudam a controlar e melhorar a produtividade. A contratação dos melhores profissionais do mundo será mais fácil, barata e eficiente.
* Já se percebe um movimento de serviços tornarem-se, exclusivamente, virtuais e por assinatura, com entretenimento, academias, artes…
* Empresas que não investirem em tecnologia desaparecerão. Novos negócios podem substituir outros que têm feito o mesmo nos últimos 50 anos, por exemplo.
* A interação será a base do entretenimento no futuro ainda mais quando falamos em turismo de lazer. Os viajantes apreciam visitar o natural, mas com soluções altamente tecnológicas, com experiências mais autênticas suportadas com assistência digital 24 horas por dia, 7 dias por semana.
* As leis de proteção de dados incentivarão o retorno das assinaturas pagas devido à transparência envolvida.
* Haverá um crescimento do uso da inteligência artificial a partir deste ano, impactando a força de trabalho e afetando diversas atividades.
* Escolas e universidades são transformadas em um esquema híbrido para sempre.
* Será rotina a realização de consultas médicas por teleconferência e o sistema médico se beneficiará da tecnologia remota para sempre.
* A transformação dos hábitos de consumo continua, como o aumento da aquisição de itens eletrônicos.

Os investidores estão atentos às movimentações neste panorama atual e nunca existiram, também, tantas possibilidades de capital, seja via equity ou empréstimo. As exigências por bons projetos – bem estruturados e demonstrados – por parte dos investidores são igualmente altas. É tempo de se preparar para o amanhã que já chegou em 2021.

Deixe uma resposta